quarta-feira, 26 de maio de 2010

A DOR QUE VEM APÓS

“Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se” (Mateus 27:3-5)

Até o momento do beijo (Lc 22:47b) era como se ele estivesse cego; ele não se lembrava dos milagres nem das palavras que faziam arder até o coração do mais vil pecador. Para Judas aquelas moedas significavam muito, era tudo que “precisava” (Jo 12:6). Com elas poderia comprar algumas coisas de valor, quem sabe abrir um negócio... Afinal, já que o Cristo tem que morrer, por que não tirar proveito disso? (Mc 14:10-11).

Acompanhado de uma multidão, Judas chega como se ninguém suspeitasse de seu plano e, como de costume, beija o mestre. As palavras de Jesus ficaram gravadas em sua mente: “Amigo, para que vieste?” (Mt 26:50). “Judas, com um beijo trais o Filho do Homem?” (Lc 22:48). O sentimento de remorso o atingiu como um raio, e agora ele queria poder voltar atrás. Sentiu-se como um ladrão que é apanhado com as mercadorias do furto em suas mãos e tenta escondê-las em vão. A partir de então, as conseqüências de seus atos o atormentariam. Os momentos que se seguiram ao beijo foram de intensa tortura mental, o mesmo espírito maligno que o incentivara a cometer a traição agora o persegue acusando-o. São os verdugos descritos em Mateus 18:34, pessoas encarregadas de castigar, de extrair a verdade pelo uso da tortura. Segue-se então um quebrantamento profundo e sem cura (Pv 6:15), a dor do após, o assombro da consciência pesada.

Muitas pessoas têm se deparado com essa dor; pessoas que acreditam ter certeza do que querem mesmo sabendo não ser essa a vontade de Deus. Seguem os desejos de seus corações como uma virgem que se entrega a seu parceiro antes do casamento; mas, que no instante seguinte à relação, percebe que deveria ter se guardado e já não tem como voltar atrás. Por um momento tão curto de prazer, ela desprezou sua honra, abriu mão do plano de Deus para sua vida. O sentimento seguinte é algo parecido à aversão que sentiu Amnom após deitar-se com Tamar, sua irmã (2Sm 13). O que ele sentia por sua irmã parecia ser algo tão forte que ele adoeceu (2Sm 13:2). Após tê-la forçado a se deitar com ele, foi tomado por um gigantesco sentimento de repulsa (2 Sm 13:15). A Bíblia diz que a aversão sentida por ele depois era maior que o “amor” que sentia anteriormente.

“Um quebrantamento sem que haja cura”, é assim que a palavra de Deus descreve esse sentimento (Pv 29:1). O quebrantamento é algo bom, desde que seguido de cura. É o que chamamos de arrependimento. Essa foi a diferença entre o que Pedro sentiu após negar Jesus (Lc 22:62) e o que Judas sentiu ao trair Jesus. Arrependimento e remorso são coisas diferentes, principalmente nas suas conseqüências. Digamos de uma maneira bem simplificada que: o remorso causa um “quebrantamento sem que haja cura”, e o arrependimento um “quebrantamento para a cura”.

Ambos são sentimentos que se seguem ao erro, o que difere um do outro são as decisões tomadas nos momentos imediatamente seguintes: Judas tentou aliviar sua consciência devolvendo as moedas aos principais sacerdotes, e como isso não removeu sua dor, foi enforcar-se. Pedro também sentiu a dor do quebrantamento, chorou amargamente, mas procurou a companhia dos irmãos e o perdão do seu Senhor. Creio que ao retornar aos outros ele não se conteve, foi logo abrindo seu coração: “Pequei irmãos! Neguei o Mestre! Por três vezes afirmei que não o conhecia, fui um covarde; logo eu que havia dito que jamais o abandonaria”.

Veja o que diz Tiago 5:16: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”. Se você deseja ser perdoado de seus pecados, deve confessá-los a Deus (1Jo 1:9), mas, ser quer ser curado, deve confessar seus pecados a outros irmãos e pedir oração. Os primeiros cristãos não tinham receio em confessar publicamente seus pecados (At 19:18). O compartilhar em uma família de cristãos é algo prudente, seguro, é onde podemos receber a tão poderosa oração dos justos.

Hoje Deus quer trazer cura para as suas feridas, por isso te convida a ter coragem como Pedro e procurar alguém que tenha maturidade cristã, alguém em quem você confie, e abrir o coração confessando seus pecados para que haja cura.
Ev. Elias Codinhoto.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vendo com Clareza


“Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais” (Marcos 8:18).

Jesus é verdadeiramente o Mestre dos mestres! A maneira como nos ensina é fascinante! Observem esta seqüência de acontecimentos nas Escrituras Sagradas: No texto acima (Mc 8:18), Jesus criticou a maneira como seus discípulos viam, eles não conseguiam ver com clareza, não enxergavam as coisas espirituais. Então Ele os leva para uma aula prática. (Mc 8:22-23a NVI) “Eles foram para Betsaida, e algumas pessoas trouxeram um cego a Jesus, suplicando-lhe que tocasse nele. Ele tomou o cego pela mão e o levou para fora do povoado”. Jesus o leva para fora, assim seus discípulos não se distrairiam. Veja como o Mestre realiza esse milagre de uma maneira especial: A principio parece que falhou ao realizar o milagre (Mc 8:23b-24 NVI) “... Depois de cuspir nos olhos do homem e impor-lhe as mãos, Jesus perguntou: você está vendo alguma coisa? Ele levantou os olhos e disse: vejo as pessoas; elas parecem arvores andando”. Há duas maneiras de ver, uma natural, outra espiritual. Por diversas vezes Deus se refere aos homens usando arvores como ilustração (ex: Mt 7:17 “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus”.), se não temos visão espiritual, não vemos claramente, não compreendemos, precisamos pedir a Deus que nos abra os olhos, como Eliseu fez com seu moço (2 Reis 6:17). Na maioria das vezes que passamos por lutas, não temos a visão muito clara, não enxergamos a ajuda divina, não vemos os recursos que Deus nos concede. “Mas uma vez, Jesus colocou as mãos sobre os olhos do homem. Então seus olhos foram abertos, e sua vista lhe foi restaurada, e ele via tudo claramente” (Mc 8:25 NVI). Cristo não faz nada pela metade, agora o homem vê com discernimento, essa é a visão espiritual, que nos dá clareza (discernimento).

O que era uma botija de azeite para uma viúva endividada até o pescoço? – Era o recurso para liberdade dos filhos e o suprimento para o resto da vida! (2 Reis 4). O que era a pequena funda contra o gigante? – Era a potente arma para derrubá-lo! (1 Sm 17). O que era uma simples vara, diante de faraó e seu exército? – Era a ferramenta que Moises usou para libertar o povo cativo! (Êx 4:2). A cruz era símbolo de maldição, perdição e morte, porém, quanto às mãos de Jesus Cristo foram cravadas nela, se tornou símbolo de benção, salvação e vida!

Quem tem a visão espiritual consegue enxergar as providências divinas mesmo nos pequenos sinais. Elias orou por chuva, Deus mandou uma pequena nuvem, mas o profeta sabia que o Senhor escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes (1 Co 1:27).

“Eliseu lhe perguntou: Que te hei de fazer? Dize-me que é o que tens em casa. Ela respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite” (2 Reis 4:2).

A viúva tinha o azeite; Davi, a funda; Moises, a vara; Elias, a pequena nuvem; Jesus, a cruz.
E você, o que tem? O que Deus colocou em suas mãos? “O que tens em casa?”.

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1 Coríntios 10:13).

Não despreze a pequena nuvem, por mais que pareça pouco, quero desafiá-lo a crer que Deus pode fazer com isso grandes coisas (Pv 15:16). Peça para o Senhor abrir seus olhos, não fique com a visão distorcida, Deus quer que você veja com clareza; creia! Pois já está em tuas mãos!
“E ele lhes disse: Quantos pães tendes? Ide ver! E, sabendo-o eles, responderam: Cinco pães e dois peixes. [...] Todos comeram e se fartaram; [...] Os que comeram dos pães eram cinco mil homens” (Marcos 6 38, 42 e 44).

Ev. Elias Codinhoto.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

DÁ-ME UMA BÊNÇÃO!

“E ela disse: Dá-me uma bênção, pois me deste terra seca; dá-me também fontes de águas. Então, lhe deu as fontes superiores e as fontes inferiores”. (Josué 15:19)
Ela caminhou pela terra que seu pai lhe deu. Percorreu-a de um lado a outro pensando nas possibilidades que teria, em como administrar sua propriedade, afinal, foram muitos anos caminhando no deserto, sem ter morada certa. Isso sem falar na guerra, a grande luta para conquistar a terra. Mas e agora, o que plantar, onde deixar o gado, como construir a casa?
A meu ver, Acsa se assemelha a “mulher virtuosa” descrita em Provérbios 31, “Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com as rendas do seu trabalho” (v16). “Ela percebe que o seu ganho é bom; a sua lâmpada não se apaga de noite” (v18). Ela reconhece que a terra é boa, mas lhe faltava uma coisa, não havia água. Como produzir sem água? Por melhor que seja a terra, ainda assim precisará de fontes de água, ou será como ter um excelente carro sem combustível. Ela precisava de água!
“Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água”. (Sl 63:1)
Talvez essa história se assemelhe a sua realidade. Quem sabe depois que você conquistou a terra descobriu que não havia água. A empresa é boa, mas você não prospera. Você se esforçou para entrar lá, foram muitas etapas no processo seletivo, ou simplesmente foi apresentado por alguém. Isso não importa agora, você precisa produzir, mas não sabe como. A cerimônia de seu casamento foi maravilhosa, perfeita em todos os detalhes. Você esperou muito até encontrar seu cônjuge, agora é uma realidade, mas não sabe administrar os conflitos. Lutou para passar no vestibular, é o curso que almejou fazer, mas não consegue assimilar a matéria e as provas estão chegando. Como cultivar nessa terra árida? As coisas saíram de seu controle!
Você já examinou a terra, e chegou à conclusão: “precisa de água”.
A água no texto simboliza vida, ou algo que gere vida. É como a inspiração para o compositor, pintor ou escultor. A bênção que revoga a maldição!
Dá-me uma bênção! (Clamou Acna ao pai) Pois me deste terra seca; dá-me também fontes de águas. Ela sabia que um pouco de água não seria suficiente, pois sempre precisaria de mais.
“Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço” (Pv 5:15).
Fazemos nossos planos, nos preparamos, porém esquecemos de que sempre precisaremos de “água”. Após batalhar pelo emprego, precisaremos de habilidades e competências para exercê-lo. No dia-a-dia de nossos relacionamentos, precisaremos continuar investindo em nosso cônjuge. A conquista não termina no altar, deve perdurar por toda vida. Após passar no vestibular vem o estudo. Você se preparou para isso? Realmente fez as contas de quanto tinha que investir? Contabilizou o cansaço, o estresse, as frustrações, as horas de dedicação, as lágrimas e a dor? Se preocupou com as parcelas da faculdade e esqueceu-se dos lápis, das canetas, das borrachas, dos lanches, dos livros, do tempo que precisaria para por em ordem os trabalhos...
É comum nos esquecemos de algo, algum detalhe sempre nos escapa, sem contar os imprevistos. Mas isso não significa que a terra não é boa, não quer dizer que deve pedir as contas no trabalho, nem desistir da faculdade. Muito menos abrir mão de seu casamento. Quem deu a terra a Acna? Não foi seu pai Calebe?! Quem te deu esta “terra”? Não foi seu Pai celeste?!
Peça ao Pai que lhe dê “fontes de água”! Que lhe dê estratégias, habilidades e competências no trabalho. Que lhe dê amor, paciência, respeito e graça no casamento. Que lhe dê concentração, sabedoria, disciplina e coordenação nos estudos (Lc 11:9).
“Pedi ao Senhor chuva no tempo das chuvas serôdias, ao Senhor, que faz as nuvens de chuva, dá aos homens aguaceiro e a cada um, erva no campo” (Zc 10:1).
Não desista da terra! Acna não desistiu da dela. Ela não pediu ao pai outra terra, pois sabia que o pai havia lhe dado do melhor. Acna pediu fontes de água. Peça a Deus ferramentas que o ajude a cultivar a terra. Peça sabedoria (Pv 4:5)!
Não estou dizendo que não possa mudar de emprego ou seu curso na faculdade, você só não pode mesmo deixar seu casamento (Ml 2:16, Mt 19:3-9). O que estou dizendo é: se você sabe que foi o Pai quem deu a “terra”, peça a Ele as condições de prosperar nessa terra, peça “fontes de água”, e creia que receberá! (Tg 4:2-3)
“Tu visitas a terra e a regas; tu a enriqueces copiosamente; os ribeiros de Deus são abundantes de água; preparas o cereal, porque para isso a dispões, regando-lhe os sulcos, aplanando-lhe as leivas. Tu a amoleces com chuviscos e lhe abençoas a produção” (Sl 65:9-10).
Nós como pais, sabemos dar boas coisas aos nossos filhos, Deus quer nos dar do seu Santo Espírito (Lc 11:9-13), para que possamos prosperar sobre a terra.
“Porque derramarei água sobre o sedento e torrentes, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes; e brotarão como a erva, como salgueiros junto às correntes das águas” (Is 44:3-4).
Talvez você esteja se perguntando: “Por que o Pai não concede logo a terra com fontes de água?”. É porque Deus quer mais do que nos dar bênçãos, Ele quer relacionamento conosco, e isso vem através da oração.
“Ó tu que escutas a oração, a ti virão todos os homens,” (Sl 65:2).
Deus não quer apenas nos conceder uma bênção, Ele deseja que nos tornemos a bênção, para assim abençoarmos ao mundo (Gn 12:2). Seja a bênção em seu trabalho, para seus colegas, para seu patrão. Seja a bênção em seu casamento, para seu cônjuge, para seus filhos. Seja a bênção em sua escola, para seus amigos, para os seus professores. Seja bênção nessa terra, para seu próximo, para os perdidos.
“O resultado da oração não é necessariamente a mudança da realidade a respeito da qual se ora, mas a mudança da pessoa que ora.” (Ed Rene Kivitz)

“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro), para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido” (Gálatas 3:13-14). “Sê tu uma bênção!” (Gn 12:2b)
Ev. Elias Codinhoto.

domingo, 4 de abril de 2010

Ouvir pela Palavra

“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Romanos 10:17)

Há muitos mitos em torno desta pequena palavra chamada “fé”. Alguns acham que fé é pensamento positivo, outros pensam que é um tipo de “lâmpada mágica” ou “varinha de condão”, algo que realizará seus desejos. A melhor definição de fé que conheço, é a descrita pelo escritor aos hebreus: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não vêem.” (Hb 11:1). Examinando o capítulo 11 de Hebreus, descobriremos que a fé é o alicerce para tudo que realizamos como cristão, fazer qualquer coisa sem a fé é perda de tempo. “De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam” (Hb 11:6). Mas a fé não existe por si só, ela esta intimamente ligada a Palavra de Deus, ou seja, a Palavra gera a fé para que creiamos na Palavra, pois tudo que vemos e sentimos vem da Palavra e, “Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” (Hb 11:3). A Palavra de Deus é a matéria-prima de todas as coisas (Gn1:11) “Disse Deus” e tudo foi criado. Caminhamos sobre a Palavra, tudo que tocamos veio da Palavra, na verdade, somos a Palavra de Deus materializada.
Provérbios 10:28 diz: “A esperança dos justos é alegria, mas a expectação dos perversos perecerá”. Podemos nos alegrar com a esperança, pois a Deus nos garante que somos mais que vencedores em Cristo (Rm 8:37), e prosseguimos nesta esperança, pois podemos ver o invisível (Hb 11:27) através da fé.
Note que nosso texto áureo (Rm 10:17) não diz “ouvir a palavra”, mas “ouvir pela palavra”. É como ter filtros nos ouvidos, você ouve algo, mas isso passa pela palavra antes de descer ao coração. Alguém diz, por exemplo: "você não pode", isso é filtrado pela palavra de Deus, ou seja, o que Deus diz a esse respeito, então, depois de passar pelo filtro da palavra, chega assim ao seu coração: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4:13). Se alguém diz que você não terá vitória, mas uma vez o filtro da palavra entra em ação: “Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8:37). Se você não se sentir amado, também deve submeter seu sentimento a Palavra, então entenderá o grande amor que Deus tem por ti (João 3:16) e que os planos dele a seu repeito são planos de paz (Jr 29:11). Esse é um rico princípio sobre a fé, devemos filtrar o que ouvimos e sentimos, sempre tendo a Bíblia como referencial de fé, Deus revelará a nós primeiramente, como está escrito em Amós 3:7 “Certamente o Senhor JEOVÁ não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas”. Então podemos crer que a Palavra vem sempre antes da fé, “porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2:13). Fique de ouvidos atentos, pois Deus vai revelar ao seu coração o que irá fazer e, não se deixe levar pelas situações a sua volta.

“Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119:105).

Ev. Elias Codinhoto.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Como quer alimentar sua alma?

“Ao sair-lhe a alma (porque morreu), deu-lhe o nome de Benoni; mas seu pai lhe chamou Benjamim.” (Gênesis 35:18)
A parteira grita por mais água, as serviçais correm desesperadas, alguma coisa não vai bem. Jacó tenta conter a ansiedade se afastando um pouco da tenda, como diz o ditado: quem não ajuda não atrapalhe. Olhando para seus rebanhos, se recorda da primeira vez que viu Raquel – “Ela estava apascentando as ovelhas de seu pai Labão, tão graciosa! Mesmo não sendo uma ocupação comum para uma mulher, ela o fazia com tanta excelência que tive certeza que seria minha esposa. Os primeiros sete anos que trabalhei por ela, foram como poucos dias (Gn 29:20), pois a amei muito, desde aquele primeiro encontro, e não me importei em trabalhar mais sete anos, já que meu sogro Labão me enganou, dando-me sua filha Lia na noite de núpcias. Estava muito escuro e, com a euforia e emoção que eu estava, para espanto meu, só descobri na manhã seguinte”. O patriarca também recorda de como Raquel desejou filhos, visto que era estéreo. Um tímido sorriso surge em seus lábios, ao se lembrar do dia em que ela o intimou: “Dá-me filhos, senão morrerei.” (Gn 30:1), como se ele estivesse no lugar de Deus. Foi maravilhoso vê-la sorrir, quando após ter Deus aberto sua madre, segurou nos braços o primeiro filho, José (Deus acrescenta). Mas suas reflexões são interrompidas por um grito desesperado da parteira, e ele corre para porta da tenda. Ao se aproximar ouve a mulher dizer: “seu nome será Benoni”, seguido de um profundo suspiro. Raquel morreu! Não resistiu ao trabalho de parto (comenta a parteira), mas a criança vive (acrescenta). Ainda que marcado por seu nome, Benoni estava vivo, mesmo que a cada vez que ouvisse seu nome, invocaria das cinzas a memória daquele lúgubre momento.
Benoni significa “filho do meu sofrimento”. Por mais estranho que pareça, algumas pessoas procuram eternizar momentos ruins, elas os escondem em verdadeiros cofres em suas memórias. O ente querido que se foi, feridas deixadas por um relacionamento desfeito, abandono dos pais, momentos de escassez, violência, solidão, tristeza e lágrimas. Elas se agarram a esses momentos e paralisam suas vidas, arrastando um enorme fardo de desgosto e dor. Raiva, falta de perdão, desagrado, decepções, magoas, desgosto e profundas marcas.
Jacó olha para o pequeno recém-nascido e em frações de segundo visualiza em sua mente como seria o futuro de seu filho, a gozação das outras crianças, a culpa, o sofrimento. Tinha que fazer algo. De um lado o corpo imóvel de quem tanto amou, o do outro a expectativa do amanhã. Ele pega o filho nos braços e corre para fora da tenda. Todos estavam lá. Até os pastores deixaram os rebanhos e vieram prestar as condolências. Jacó levanta o menino e pronuncia em alta voz: “Benjamim, este será o seu nome!”.
Benjamim significa “filho da mão direita”. Não estamos livres de momentos ruins, cedo ou tarde eles aparecem, como nos alertou Jesus: “...No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem. Eu venci o mundo.” (João 16:33b - NTLH). Mas como lidar com as lembranças ruins? Em Filipenses 3:13-14, o apóstolo Paulo nos dá a sua receita para enfrentar o amanhã sem as marcas do passado: “Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Sei que existem momentos para serem lembrados e que recordar o passado é importante para conservar nossa história, mas podemos nos valer da sabedoria e experiência de Jeremias, um dos profetas que mais sofreram injustiças, ele também tinha sua receita para superar a dor e o desgosto, dizia ele: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança” (Lamentações 3:21).
Aquele momento poderia ser lembrado pela morte da esposa ou pela vida do filho. Jacó preferiu celebrar a vida, ele não aceitou que seu filho levasse em seus ombros as marcas do passado, pois ele mesmo havia sofrido muito com seu nome, suplantador (Jacó), o que quer levar vantagem, enganador, mas Deus mudou seu nome para Israel (Deus prevalece), príncipe de Deus, perseverante (Gn 32:28). Selecione os momentos bons e agradeça pela vida, pela oportunidade de ter vivido com os que já “partiram”, veja as coisas pela ótica da esperança, mude o nome do seu futuro. Até mesmo Jeremias escreveu sobre esperança em meio as lamentações: “Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR.” (Lm 3:26), o que você escreverá? Como chamará o seu futuro? Pode haver esperança?
“Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23).
Sempre haverá opções! Você pode escolher, decida-se, como quer alimentar sua alma?
E quando ao pesado fardo do desgosto e da dor, Jesus diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.” (Mateus 11:28).
Ev. Elias Codinhoto

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Minha Oração:

"Uma cousa pedi ao Senhor, e a buscarei: que possa morar na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do Senhor, e aprender no seu templo." (Salmo 27:04)
"Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus." (Provérbios 30:7-9)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

POR QUE PEDRO DESCEU DO BARCO?

Respondendo-lhe Pedro, disse: Se és tu, Senhor, manda-me ir ter contigo, por sobre as águas. (Mt 14:28)

O que levaria um homem em meio a uma tempestade a descer do barco?


A resposta mais obvia seria: para encontrar-se com Jesus. Mas se Ele estava vindo para o barco, não era necessário descer.


Jesus sempre vem ao nosso encontro, Ele é o bom pastor que deixa as 99 no aprisco e vai ao encontro da ovelha perdida (Lc 15:3-7), para nos encontrarmos com ele não precisamos descer do barco.


Outra resposta seria que permanecer no barco não era seguro, mas entre permanecer no barco e arriscar-se nas águas, qualquer um em pleno juízo, preferiria o barco, então descartamos esta hipótese. Posso permanecer na aparente “segurança” de meus planos, posso me limitar a minhas experiências, conheço meus limites e, trabalhar dentro desses limites é permanecer no barco, mas Pedro queria algo mais, queria ir além de seus limites e viver intensamente a vida com Cristo. Ele conhecia bem aquelas águas, era pescador e tirava do mar seu sustento, passava mais tempo ali do que em terra seca. Tinha sua própria maneira de ficar sobre as águas, pois sabia nadar (Jo 21:7). Ele observa Jesus andando sobre as águas de uma forma sobrenatural e, num ato de ousadia deseja fazer o mesmo, “manda-me ir ter contigo, por sobre as águas”, grita Pedro.

Quantas vezes desejamos viver mais intensamente o Evangelho de Cristo, obedecer ao que Ele nos manda fazer. A religião nos faz olhar admirados para os homens do passado que realizaram grandes coisas, como se fossem impossíveis para nós. Peço que meditem nisto: o mesmo Espírito que operou em muitos personagens bíblicos, ainda opera poderosamente no meio da igreja, foi Jesus mesmo quem disse: “maiores coisas farão” (Jo 14:12). Não devemos apenas ficar olhando, nem desejar ter vivido no passado, Cristo nos convida a descer do barco, Deus nos chama para ir além de nossas limitações, andar no sobrenatural e viver o impossível hoje!


O barco representa nosso universo pessoal, o que acreditamos ser nosso limite, nosso conhecimento, nossos valores, nossas posses, nossas experiências, entre outras coisas que nos limitam. Para andar sobre as águas (caminhar no sobrenatural), precisamos confiar inteiramente em Jesus, pois dependemos dele para ultrapassar nossas limitações.


Pedro colocou seu pé sobre o mar. Dizem que o primeiro passo é sempre o mais difícil, porém, a experiência nos mostra, que o difícil é permanecer andando sobre as águas, confiar que as promessas de Deus se cumprirão em nossas vidas, sem olhar para tempestade a nossa volta, sem temer o rugir das ondas. O Mestre te diz: “Venha, Eu serei contigo! (Mt 28:20) Persevere!”


Pedro desce sem desviar os olhos da direção do Mestre. Outro segredo para quem quer descer do barco é: “Nunca desvie o seu olhar de Cristo”, pois se por um instante olhar para a tempestade, poderá afundar, como aconteceu com Pedro. Se seu caso já é esse, se você está afundando no meio do mar, clame por Jesus, eu tenho plena certeza que Ele irá te socorrer, você sentirá seu braço forte te sustentando sobre o mar revolto (Is 59:1).


Você pode permanecer acomodado no barco, sua vida seguirá o curso natural, pode viver dentro de seus limites, mas para provar grandes coisas, tem que descer do barco!

Ev. Elias Codinhoto

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Não Hesite em Obedecer a Deus


“Vocês estão cometendo um erro que pode lhes custar a vida. Vocês me mandaram falar com o SENHOR, nosso Deus, e me disseram: ‘Ore ao SENHOR por nós. Depois, conte-nos tudo o que ele disser que devemos fazer, e nós faremos’. Agora, eu lhes contei tudo, mas vocês não estão obedecendo ao SENHOR, nosso Deus, em nada do que ele me mandou dizer.” (Jeremias 42:20-21 - NTLH)

Quantas vezes nos vêm à mente o desejo de saber qual a vontade de Deus para nossas vidas, até chegamos a dizer: “se Deus falar comigo, eu farei sua vontade”. Temos facilidade em julgar o povo de Israel, pelas inúmeras vezes em que eles sabiam a vontade de Deus e não a fizeram, porém, quando realmente ouvimos Deus, alguns repensão seus conceitos. É como se disséssemos: “obrigado Deus, por me dar sua ‘opinião’, mas farei do meu jeito”.

A Bíblia nos mostra que conhecer a vontade de Deus e não fazer é uma coisa muito séria. Por isso, é imprescindível, que antes perguntarmos a Deus: “qual sua vontade para minha vida?”, estejamos certos de poder afirmar: “se o Senhor me revelar sua vontade para minha vida, eu vou cumpri-la”.

É impressionante como algumas pessoas acreditam que seguindo seu próprio coração, se sairão melhor do que obedecendo a Deus. Vejam o que estão comparando: o Salmo 90:4 diz: “Pois mil anos, aos teus olhos, são como o dia de ontem que se foi e como a vigília da noite”. Vemos aqui que Deus vê infinitamente mais do que podemos enxergar e, em contrapartida, Jeremias 17:9 afirma: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”. Mesmo assim, muitos apostam em seu próprio caminho, seguem cegamente seu próprio coração.

Sabemos que em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto, dos sentimentos e da vontade. Em Provérbios 28:26 diz: “O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria será salvo”. A palavra “insensato” significa: Que ou o que perdeu a razão; louco, insano, contrário ao bom senso, delirante, desatinado, irresponsável, louco, desrespeito e estupidez. A palavra “sabedoria”, em muitas passagens bíblicas, e especialmente no livro dos Provérbios, significa um estado de meditação, tendo em vista a verdade e os deveres morais e religiosos. Em Provérbios 1:2, a palavra tem o sentido de prudência ou discrição. Devemos desejar alcançá-la, pois já vimos que somente os loucos recusam a aprender e tirar proveito dos princípios de Deus. Salmos 111:10 e Provérbios 1:7 revelam que o temor a Deus é o princípio do saber, e que revelam prudência todos os que o praticam, os loucos, porém, desprezam a sabedoria e o ensino.

Minha intenção não é criar qualquer tipo de receio em quem deseja saber qual a vontade de Deus para sua vida, e sim encorajá-lo a não hesitar quando ouvir a resposta do Senhor. A Bíblia nos diz que Deus é Amor (Jo 4:8 e 16), e todos seus atos são atos de Amor (Jr 29:11), pois “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Rm 8:28), sendo assim, não há o que temer ao se dispor em obedecer a Deus, mesmo quando ao nossos olhos parecer loucura o que Deus nos pedir.

“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus.” (1 Co 1:18).

Ev. Elias Codinhoto.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

MEDO - Lutar ou fugir?

Medo da morte, medo da vida, medo da má sorte, medo de perder o emprego, medo de ser assaltado, medo de envelhecer, medo de ter medo. Medo do escuro, medo da luz. Medo de altura, medo de engordar, medo de errar, medo de perder...

Segundo especialistas, o medo é um sentimento que proporciona um estado de alerta demonstrado pelo receio de fazer alguma coisa, geralmente por se sentir ameaçado, tanto fisicamente como psicologicamente. O medo pode provocar atenção exagerada a tudo que ocorre ao redor, depressão, pânico, etc. Esta reação inicial dispara uma resposta fisiológica no organismo que libera hormônios do estresse (adrenalina, cortisol) preparando o indivíduo para lutar ou fugir.

Lutar ou fugir?

O primeiro relato sobre o medo aparece nas Escrituras Sagradas como resultado do pecado, o homem separado de Deus (Gn 3:10). O salmista Davi contrabalanceia seu medo com a confiança em Deus: “Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em ti.” (Salmo 56:3). Ele não diz que não terá medo, porém apresenta um refúgio, é como dizer: “sempre que tiver fome, comerei um suculento bife acebolado”. Sei que parece uma comparação simplória, e é! Mas é assim que mesmo que somos estimulados por Deus a vencer o medo. Está com sede? – beba água! Está com medo? – confie em Deus! O garoto que derrotou o gigante não escondeu em segredo o que afugentava seu medo: “O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (Sl 27:1)

O apostolo João também revela seu abrigo contra o medo: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.” (1 Jo 4:18). Essa arma contra o medo não é diferente do Refúgio utilizado por Davi, pois João o apresenta assim: “Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.” (1 Jo 4:8). João lança fora o medo ao descobrir que sua origem vem do pecado, a separação do homem e seu Criador, e que através do sacrifício de Cristo nos unimos a Ele: “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.” (1 Jo 4:16).

O ator Charles Chaplin expressou: “A vida é maravilhosa se não se tem medo dela”. Mas seria possível viver a vida sem medo?

O mar estava extremamente agitado, a noite fria e tenebrosa, o pequeno barco era arremessado pelas ondas, e os discípulos estavam terrificados. Como se não bastasse, um vulto se move sobre as águas. “E os discípulos, ao verem-no andando sobre as águas, ficaram aterrados e exclamaram: É um fantasma! E, tomados de medo, gritaram. Mas Jesus imediatamente lhes disse: Tende bom ânimo! Sou eu. Não temais!” (Mt 14:26-27). Fico pasmado com a instantânea atitude de Pedro, ao constatar que era Jesus quem caminhava sobre as ondas, Pedro deixou de lado o medo, e foi ao seu encontro. Se aproximar de Jesus supera o medo do mar revolto, e nos leva a caminhar sobre as águas (Mt 14:28-29).

O Senhor nos encoraja dizendo: “não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel.” (Is 41:10). Repare que o segredo é simples: “estar com Deus”, mas e se Ele nos abandonar no meio do caminho? – Foi para nos alforriar do medo que Jesus fez a promessa: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.” (Mt 28:20b). Chego à conclusão que o caminho mais certeiro para fugir do medo é aquele que vai em direção a Deus, que nos aproxima da Verdade e da Vida. Qual é esse caminho?! “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6).

William Shakespeare observou: “Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colméia com medo das picadelas das abelhas”. Para enfrentarmos o medo, teremos que desce do barco, mesmo que isso implique em ter que andar sobre o mar. O mar representa as circunstâncias de vida, as águas que estão calmas são as mesmas que se agitam com o vento, o barco por sua vez, representa as frágeis coisas em que nos apoiamos, dinheiro, emprego, amigos, força física, poder, entre outros, mas que são todos sacudidos pela força das ondas. Nosso desafio é deixar de confiar nesta coisas e caminhar em direção a Cristo, “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” (1Pe 5:7). Podemos dizer que: “Quem tem receio de deixar o barco nunca provará o mel”. Na célebre frase de Ayrton Senna: “O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras - acho que estou entre elas - aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação”.

Nas palavras do sábio Albert Einstein: “Evitar a felicidade com medo de que ela acabe, é o melhor meio de se tornar infeliz”.

“Mas, agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome; tu és meu. Quando passares pelas águas, estarei contigo, e, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” (Isaías 43:1-2)

Ev. Elias Codinhoto

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O SIMPLES PLANO DA SALVAÇÃO

Meu amigo leitor! Responda-me a pergunta mais importante desta vida: “Está salvo?”

Quer dizer, tem convicção que vai para o Céu quando morrer? Não estou perguntando se é membro de alguma igreja, mas está salvo? A pergunta não é a respeito de sua índole, ou se é uma pessoa de bem...

É impossível desfrutar das bênçãos de Deus ou ir para o Céu, sem estar salvo. Deus em sua infinita Graça nos oferece seu plano de Salvação. “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.” (Is 55:1). Esse plano é simples. Você pode ser salvo hoje. Vamos compreendê-lo melhor:

“Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e dizia: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mt 3:2)

“Daí por diante, passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mt 4:17)

“Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2:38)

João Batista, Jesus e os discípulos pregaram o arrependimento, pois este é o primeiro passo para Salvação, reconhecer que é pecador. “como está escrito: Não há justo, nem um sequer,” “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” (Rm 3:10 e 23). Não há como ser salvo sem reconhecer que é pecador, “...e o pecado, uma vez consumado, gera a morte.” (Tg 1:15). Por consequência do pecado, fomos condenados à morte! Isto significa separação de Deus, no Inferno para sempre. Sei que é terrível, meu caro leitor, mas é a verdade, “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 6:23). Deus, porém, com amor sem medidas, se compadeceu de nós, “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo 3:16). “Aquele que não conheceu pecado (Jesus), ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.” (2 Co 5:21), “carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.” (1 Pe 2:24). Jesus teve que morrer e derramar o seu sangue. “Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pela vossa alma, porquanto é o sangue que fará expiação em virtude da vida.” (Lv 17:11), “e, sem derramamento de sangue, não há remissão.” (Hb 9:22b). Não compreendemos como os nossos pecados foram colocados sobre Cristo, mas Deus, em sua Palavra, diz que foi assim. Assim os nossos pecados, foram carregados por Jesus, e ele morreu em nosso lugar. Isto é verdade. Pois Deus não pode mentir! (Tt 1:2). Mas como nos apropriamos desta tão grande Salvação?

– A promessa é: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça". (1Jo 1:9). O Salvador muda o nosso coração, e nos faz cessar de pecar. Cristo nos comprou a tão alto preço e, crendo nele como nosso Salvador pessoal, recebendo-o no coração pela fé, confessando nossos pecados a Deus, não importa quantos e quão graves sejam, com certeza seremos perdoados e Salvos. O carcereiro de Filipos perguntou a Paulo e Silas: "...Senhores, que devo fazer para que seja salvo? Responderam-lhe: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa." (At 16:30-31). Basta crer nele como o que carregou teu pecado, e morreu no teu lugar, foi sepultado e ressuscitou para tua justificação. “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10:13). Clame, agora, por Ele!

A primeira oração que um pecador deve fazer, é a seguinte:

“Confesso ao Senhor Deus que sou um pecador, e acredito que o Senhor Jesus Cristo morreu na cruz por meus pecados e ressuscitou para minha salvação, eu aceito Jesus Cristo como meu Senhor, Salvador e Mestre e dedico a Ele toda a minha vida. Te convido Senhor Jesus a entrar em meu coração e viver dentro de mim para sempre. Amém.”

Crê em Deus e na Sua PALAVRA. Quando tiveres feito o que Ele te pediu, aceita a SALVAÇÃO PELA FÉ, conforme a SUA PALAVRA. CRÊ E SERÁS SALVO. Nenhuma igreja, nenhuma sociedade nem as boas obras, ninguém - mas Só e unicamente JESUS CRISTO PODE TE SALVAR.

O plano simples da salvação é: SOU PECADOR; porque sou pecador, DEVARIA MORRER ou crer em Cristo que foi MEU SUBSTITUTO e morreu em MEU LUGAR, foi sepultado e ressuscitou. Ao clamar por Ele, reconhecendo que sou um pecador, pedindo que tenha misericórdia de mim e me salve pelo AMOR DE JESUS. Crendo, então, na Sua Palavra e, PELA FÉ, ACEITO A SALVAÇÃO.

Talvez pense: “Certamente isso não basta para ser salvo”. Mas posso garantir-lhe que nada, absolutamente nada mais será preciso. Graças a Deus, muitos têm sido ganhos para Cristo por esse simples plano. Está nas Escrituras. É O PLANO DE DEUS. Crê nele meu amigo, e segue-o. Agora é o tempo. HOJE é o dia.

“porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação;” (2 Co 6:2)

Adaptado de Robert Ford Porter, 1991 (http://www.godssimpleplan.org/gsps-portuguese.html) por Ev. Elias Codinhoto.