“... o Senhor nos ajudará nisto, porque para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos”.
1 Samuel 14:6b
Era um exército um tanto estranho, os poucos soldados que não fugiram com medo do inimigo eram cerca de seiscentos homens (1Sm 13:15) e, ao invés de espadas e lanças, os soldados traziam enxadas, machados e foices, pois não havia nenhum ferreiro na terra de Israel, somente o Rei Saul e seu filho Jônatas traziam espadas (1Sm 13:19-22). O inimigo, porém, tinha três mil carros de guerra, seis mil cavaleiros e tantos soldados quanto a areia que está à beira-mar (1Sm 13:5). Não é de se admirar que os homens de Saul o abandonassem. Os israelitas perceberam que estavam sem saída e numa situação muito difícil. Alguns se esconderam em cavernas e em buracos, e outros, entre rochas, em túmulos e
Foi em meio a esse cenário que Jônatas e seu escudeiro resolveram fazer a parte deles, ainda que parecesse pequena diante de uma situação catastrófica. Havia uma guarnição de soldados inimigos, para Jônatas passar por ela tinha que atravessar entre dois penhascos, um se chamava Bozez (excessivamente branco), o outro, Sené (espinhoso). Jônatas sabia que “para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos”, então buscou ao Senhor, e entendeu que Deus lhes daria vitória. Diante disso, Jônatas disse a seu escudeiro: “Siga-me; o Senhor os entregou nas mãos de Israel”. Ele escalou o penhasco, usando as mãos e os pés, e o escudeiro foi logo atrás. Jônatas derrubava os soldados e seu escudeiro os matava. Naquele primeiro ataque, eles mataram cerca de vinte homens (1Sm 14:6-14). A Bíblia não define em qual dos penhascos os soldados estavam, mas acredito que estavam no Sené, afinal, Sené significa “espinhoso”. A primeira vista, aquela vitória não significava muito diante de um exército tão grande, porém a atitude de Jônatas criou um “efeito em cadeia”. A Bíblia descreve que caiu um terror sobre todo exército dos filisteus. O chão tremeu e houve um pânico terrível. As sentinelas de Saul viram que o exército dos filisteus se dispersava, correndo em todas as direções. Saul quis trazer a arca de Deus para a batalha, mas percebeu que o tumulto no acampamento filisteu ia crescendo cada vez mais. Na mesma hora o rei Saul e todos os seus soldados se reuniram e foram para a batalha. O efeito em cadeia, causado pela disposição de Jônatas em lutar, mesmo diante de uma situação terrível, foi tomando proporções gigantescas; os filisteus estavam em total confusão, ferindo uns aos outros com suas espadas. Alguns hebreus que antes estavam do lado dos filisteus e que com eles tinham ido ao acampamento filisteu, passaram para o lado dos israelitas. Quando todos os israelitas que haviam se escondido nos montes de Efraim ouviram que o inimigo batia em retirada, também entraram na batalha, perseguindo-os. Assim o Senhor concedeu vitória a Israel naquele dia, e a batalha se espalhou para além de Bete-Ávem (1Sm 14:15-23).
Vimos o posicionamento de apenas dois homens criar um efeito em cadeia capaz de garantir a vitória ao povo de Deus, bastou eles concentrarem suas forças em sua tarefa, que a princípio parecia pequena diante da grande dificuldade, cada um fazendo a sua parte teve um peso enorme em todo processo.
Conta-se que: certo dia houve um incêndio na floresta, e todos os animais se puseram
“Faça a sua parte”, ensina o conto. Não desanime em ver problemas enormes em nosso país, nossa igreja ou em nossas famílias. Apenas faça sua parte, quem sabe não é sua ação que criará o efeito em cadeia que nos levará a vitória!
Existirão sempre opções em nossas vidas, decisões para tomarmos, barreiras para transpormos. Jônatas encontrou o penhasco “Bozez”, excessivamente branco, sem barreiras, o caminho da fuga, e também o penhasco “Sené”, espinhoso, onde estava o inimigo, em direção a batalha, em direção a vitória! Você é quem escolhe “porque para o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos”.
Ev. Elias Codinhoto.
Um comentário:
Amém!!! Façamos a nossa parte!
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