sexta-feira, 4 de junho de 2010

Namoro Cristão

Aproxima-se o 12 de Junho, dia romântico, em que namorados trocam presentes e afagos. Uma data celebrada não apenas por casais solteiros, pois o namoro autêntico perdura em casamentos sadios. Alguns países comemoram em 14 de fevereiro, data da morte de Valentim, padre que lutou contra as ordens do imperador Claudius II, que havia proibido o casamento durante as guerras, acreditando que os solteiros eram melhores combatentes. Valentim continuou a casar os jovens que o procuravam para que não ficassem sem receber as bênçãos de Deus. Nesses países esta data também é chamada dia de Valentim (Valentine's Day). No Brasil, em 1953, representantes do comércio (que acharam uma ótima ideia para aquecer as vendas) escolheram o dia 12 de Junho por ser vespera do dia de Santo António, padre que pregava a respeito da importância do casamento na Idade Média, época em que o matrimonio estava em queda.

O namoro, o estágio inicial de um relacionamento entre homem e mulher, período para se conhecer e programar o futuro de seu relacionamento, antigamente não existia nos moldes que conhecemos hoje, o que existia, biblicamente falando, era o ser “desposado” ou “noivo”, período em que a noiva já havia sido escolhida (geralmente pelos pais) e o noivo voltava para casa de seus pais para preparar as bodas e providenciando moradia, porém, sem nenhum tipo de contato físico. Deus se apropria dos princípios do casamento Bíblico para fazer profunda analogia entre Cristo e a igreja (Ef 5:32), Jesus como o “Noivo” foi para o Pai preparar-nos as bodas e morada (Ap 19:7-9 e Jo 14:2-3). Com o tempo, foi surgindo o chamado “namoro de corte”, onde os pais estipulavam um horário para o rapaz visitar a moça, essa visita acontecia numa sala bem iluminada, onde o casal permanecia a distância no sofá, e a mãe da jovem ficava vigilante, quando davam 21 horas a mãe começava a tossir impacientemente para que dessa forma o pretendente percebesse que era hora de ir embora. Acredito que seus pais ou avós têm boas recordações desse tempo. O namoro mais moderno, no qual os casais saiam sem a companhia de uma terceira pessoa, surgiu por volta da década de 20, nos centros urbanos, a partir daí o namoro foi se tornando mais liberal até chegar aos dias atuais, quando foi substituído pelo “ficar”. O namoro moderno pode ter alguma vantagem, como a opção de escolher quem vai namorar, porém junto com a “vantagem” vieram os aspectos negativos como: o aumento da gravidez na adolescência, mães solteiras, o aumento de doenças sexualmente transmissíveis, entre outras. Sem mencionar a dignidade, pois a pureza da união matrimonial (Hb 13:4) tem sido abandonada, visto que o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos (2 Co 4:4). Em algumas igrejas evangélicas, um relacionamento onde o contato físico é mínimo ainda existe e vem ganhado forças a cada dia. Esse tipo de relacionamento é praticado por muitos jovens cristãos, pois visa um relacionamento que agrada a Deus, e é chamado de “namoro de corte” ou “namoro cristão”. Muitas pessoas, levadas pelo espírito do anticristo (1Jo 4:3), podem achar tudo isso uma grande besteira, mas o relacionamento íntimo (sexual) deve acontecer somente após o casamento, quando o casal tem certeza de seus sentimentos e anseios. Isso é algo maravilhoso, e deveria ser o padrão não só da igreja, mas também do mundo.

Faça a diferença nesta geração! Mantenha-se puro. A Bíblia diz em 1 João 3:3 “E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro”. O namoro não deveria incluir relações sexuais. Esses desejos e atividades devem ser mantidas sob o controle de Cristo. A Bíblia diz em 1 Tessalonicenses 4:3-5 “Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus.”

(Artigo desenvolvido para publicação no TBC News, em 13/06/2010)

Ev. Elias Codinhoto

3 comentários:

Namoro a Três disse...

Muito boa a postagem, além de informativa, toca pontos fundamentais para a manutenção do namoro cristão e da família. Só acho que o "namoro antigo" não deve ser tratado como tal, pois os jovens quando ouvem a palavra "antigo" de certa maneira sentem-se repelidos. Além do mais a palavra de Deus é viva e sempre atual. Assim anda segundo a sua ordem é estar atual e cheio do Espírito Santo de Deus!

Elias Codinhoto disse...

Obrigado pelo comentário! Vou fazer uma revisão baseada em seu comentário.

Elias Codinhoto disse...

Com intuito de incentivar ainda mais o namoro segundo os padrões de Deus, o termo "namoro antigo" foi substituído por "namoro de corte" como também é conhecido e citado em artigos, estudos, literaturas e seminários sobre o tema.