quinta-feira, 26 de maio de 2011

Quem matou Jesus?


Caifás, porém, um dentre eles, sumo sacerdote naquele ano, advertiu-os, dizendo: Vós nada sabeis, nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação. Ora, ele não disse isto de si mesmo; mas, sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus estava para morrer pela nação e não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus, que andam dispersos. (João 11:49-52)



Quem matou Jesus Cristo? – Muitos já procuraram apontar um culpado. Adolf Hitler acusou os judeus e inflamou uma nação, que, com o ódio cego da vingança quase extinguiram com os israelitas. Alguns afirmam que foram os romanos, afinal, foi Pilatos quem assinou a sentença de morte, e para esses não importa que ele tenha lavado suas mãos declarando ser inocente do sangue de um justo (Mt 27:24), pois além disso, foram os soldados romanos que executaram a sentença. Outros procuram ser bem específicos, dizem que foram os fariseus e saduceus, os religiosos da época, ou ainda, os principais dos sacerdotes, que infiltrados incitava a multidão a clamar “crucifique-o” (Jo 19:6). Existem ainda os mais espirituais, esses declaram que foi toda humanidade, pois foi pelos pecados do mundo que Cristo morreu. Afinal, quem matou Jesus? Quem tirou sua vida?



Para Pedro, que com uma espada, tentou livra-lo de ser morto, o Mestre afirmou: “Acaso, pensas que não posso rogar a meu Pai, e ele me mandaria neste momento mais de doze legiões de anjos?” (Mt 26:53). As [1]legiões romanas variavam entre mil e oito mil homens, dependendo das baixas que eventualmente sofressem nas batalhas. Se pegarmos como base o menor número e multiplica-lo por doze, teremos doze mil anjos, e se ainda levarmos em consideração que apenas um anjo matou em certa ocasião cento e oitenta e cinco mil soldados (2Rs 19:35), estaremos falando por baixo, de um poder capaz de dizimar dois bilhões e duzentos e vinte milhões de homens, lembrando que a [2]população mundial nos dias de hoje está por volta de sete bilhões, porém, segundo os pesquisadores, na época de Cristo, a população mundial não passava de [3]duzentos milhões. Pilatos acreditava ter o poder para matar Jesus, mas a este “Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.” (Jo 19:10-11). Então, voltamos a nossa pergunta: “quem matou Jesus, qual poder poderia telo maniatado?”.



O apostolo Paulo não apontou um culpado, ates, declarou que Cristo por seu grande amor se entregou nós (Ef 5:2). Ele mesmo entregou sua vida em resgate de muitos (Mt 20:28). O próprio Cristo afirmou isso: “Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai.” (João 10:17-18). Mas se só Ele poderia entregar sua vida a morte, onde entra os sacerdotes? Por que nos parece terem sidos eles a armar tal plano?



Na verdade foi Deus o autor deste “plano”, mas conhecido como “o plano da salvação”. Então onde entra os sacerdotes? – Justamente ai. Eles foram escolhidos para isso, afinal, eram eles quem imolavam os cordeiros. Os levitas foram os escolhidos, e dentre eles os descendentes de Arão, de onde apenas um, o sumo sacerdote, depois de morto o cordeiro, tinha acesso ao santo dos santos, o lugar além do véu. Caifás, o sumo sacerdote naquele ano, não poderia ficar de fora, por diversas vezes deveria ter administrado o sacrifício anual, aquele por toda nação, um, em beneficio de muitos.



Ninguém poderia mata-lo, mas Ele se entregou por nós, deu a sua vida, anulou-se, mesmo tendo todo o poder em suas mãos, o Rei se fazendo servo (Jo 13:3-15). O que fazemos quando temos poder? O dinheiro, um lugar privilegiado na hierarquia, a força física, beleza, conhecimento... - Como agimos quando detemos o poder?



Ele se entregou por nós...



“Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também.” (João 13:15).



Ev. Elias Codinhoto







[1] J. S. Vasconcellos, 1942. “Princípios de Defesa Militar”. Editora Biblioteca do Exército Brasileiro, 3ª Edição.


[2] Revista National Geographiv Brasil, 2011.


[3] History of the World. Dorling Kindersley Book.

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